
O ESPINHO DA COROA DE JESUS.
A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.
Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua fronte, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo.
CURAS E PEDIDOS.
O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Rita. Muitos Ian até ela e pediam a sua intercessão, e eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região.
A PEREGRINAÇÃO A ROMA.
Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias - perdão de todos os pecados - mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. Diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Jesus que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares sagrados (igrejas). A viagem foi difícil, em parte feita a pé. Rita em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão diante de Deus.
O ENFRAQUECIMENTO DO CORPO.
Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.
O MILAGRE DA ROSA.
Já no leito de morte uma parente de Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade
AS LIÇÕES DEIXADAS POR RITA.
Eis algumas dentre muitas outras lições que podemos tirar da vida de Santa Rita de Cássia:
1. Ela colocou a vontade de Deus acima de tudo;
2. Ela foi perseverante na oração e no perdão;
3. Ela sempre esteve a serviço dos enfermos e dos pobres;
4. Ela foi fiel à Igreja;
5. Ela amou a sua família;
6. Ela transformou o sofrimento em amadurecimento humano e espiritual;
7. Ela praticou o jejum como caminho para a doação ao próximo e como comunhão com Deus;
8. Ela alimentava-se da Eucaristia, de onde tirava coragem e força;
9. Ela acreditou no amor de Deus em todos os momentos da vida e, Ela nunca se cansou de interceder por aqueles que pediam a sua intercessão.
“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana” (João Paulo II, no centenário da canonização de Santa Rita de Cássia).
fonte:http://www.derradeirasgracas.com
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